O oriente médio tem chamado atenção do mundo do futebol recentemente. Com mundiais de clubes constantemente sendo realizado em países Árabes, a Copa do Mundo sendo realizado no Catar. Agora, a Arabia Saudita resolveu ” comprar” alguns times de sua liga local tornando eles estatais.
Esses clubes levaram jogadores importantes do futebol europeu e algumas estrelas. Sendo eles, Sadio Mané, Benzema, Cristiano Ronaldo e Neymar. Além disso, outros jogadores do cenário europeu rumaram ao país.
A Arábia Saudita gastou pelo menos US$ 6,3 bilhões (R$ 31,2 bilhões) em acordos esportivos desde o início de 2021, segundo o The Guardian. A quantia equivale a mais do que o quádruplo do valor gasto anteriormente em um período de seis anos.
Muito disso, se deve ao fato de que o estado ter comprado os principais clubes do país: Al Ahli, Al Hilal, Al Nassr e Al Ittihad. Dessa forma, esses times tem jogadores de nível global sendo pagos com valores estratosféricos ( Cristiano Ronaldo, N’Golo Kanté, Karim Benzema, Sadio Mané, Neymar, Henderson, Alex Telles)
Obviamente, essas grandes estrelas que estão indo para a Arábia Saudita são atletas que estão no seu terço final de carreira e são atraídos para a oriente médio. Pois, o valor financeiro é um valor que o futebol global jamais viu e fazem com que esses jogadores ” fujam do radar” em busca de encher seus cofres de dinheiro. Já que, a grana saudita parece infinita.
Arábia Saudita e o Sportswashing
Primeiramente, antes de explicar a ligação da Arábia Saudita e o Sportswashing. é necessário entender o conceito de Sportswashing.
O nome Sportswashing é dado para explicar o conceito de lavagem de reputação através do esporte. Onde, o país usa o esporte como maquiagem para esconder outros tipos de problemas.
Os sauditas estão fazendo isso em diversas frente. Ao passo que, basicamente comprou o principal torneio de golf do mundo, tem sua sede no GP da fórmula 1 e comprou o Newcastle. time da Premier League. Agora, torna sua liga mais forte com grandes nomes do futebol mundial.
O país também tem como objetivo sediar a Copa do Mundo de 2030.
Os investimentos exorbitantes fazem parte da tentativa de desviar a atenção das ações do regime autoritário do país.
Violação de direitos humanos. No caso da Arábia Saudita, a prática do “sportswashing” está ligado ao histórico de violação dos direitos humanos (especialmente em relação às mulheres e à comunidade LGBTQIAP+ ) e perseguição religiosa contra a minoria cristã que habita o país.
Variar sua renda
A monarquia do país alega que o motivo desse investimento não é para uma mudança na reputação do país. Mas, as autoridades sauditas garantem que esses investimentos visam diversificar a economia do país, que é baseada no petróleo. Além disso, trazer mais turismo para o país
No entanto, essa fortificação da liga saudita tem sido um ótimo plano de fundo e ” limpando a barra” do país e trazendo uma boa reputação para o país saudita e com a liga saudita sendo mais falado que as controversas regras que a monarquia impõe.
Como funciona as contratações?
a fonte do dinheiro para essas contratações vem através de um fundo de investimentos árabe que é comandado pelo controverso príncipe Mohammad bin Salman que comanda o país a mão de ferro. Nesse sentido, bin Salman é dono do fundo. Logo, é dono dos principais clubes ( Al Ahli, Al Hilal, Al Nassr e Al Ittihad)
Logo, as negociações são entre jogadores e o fundo de investimento estatal e não necessariamente direto do clube. Então, primeiro eles fazem a contratação e depois disso decidem para onde o jogador vai de acordo com o encaixe para a liga se tornar mais fortes.
Assim, dois exemplos podem ser dados para exemplificar isso. Em primeiro lugar, o Al Ittihad contratou Karim Benzema. Entretanto, Benzema foi comprado pelo país e só foi para o Al Ittihad. Pois, pediu para ficar perto de Meca.
Já que, o Francês é muçulmano e queria ficar perto do templo sagrado da religião. Por esse motivo, foi para o clube que ficava mais perto. Porém, já havia sido contratado antes de decidir para que clube iria.
Analogamente, Neymar foi contratado pelo fundo de investimento do estado. Após, ficou decidido que o atleta foi para o Al Hilal que era o único dos clubes estatais que não tinha uma grande estrela. Então, era o encaixe perfeito para fortificar a liga.
Aliás, a liga saudita tem como objetivo chegar no top 10 de ligas mais fortes do futebol mundial até 2030. Hoje, a liga ocupa o 58º lugar desse ranking.
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