A Copa de D10s

Messi com a Copa

A Copa do Catar chega ao fim em uma batalha, que para muitos é o maior jogo em uma final de mundial da história. A taça sendo erguida no final por Lionel Messi, coroando o que talvez seja seu último ato em Copas. O craque da imortal camisa 10 alviceleste, põe fim a uma série de discussões e prova para o mundo que ele é sim um dos melhores de todos os tempos.

Como todo bom roteiro é dividido em atos a Copa de Lionel não foi diferente, a jornada do herói do pibe de Rosário, foi definida em 3 atos:

Ato 1: Messi chega ao Catar

A Copa do Mundo começou para Lionel Messi na marca da cal. O gol de pênalti não foi suficiente para evitar o que pode ter se tornado uma das maiores zebras da historia dos mundiais.

A derrota para a Arábia Saudita, pode ter sido de certa forma boa para Messi e os Hermanos, pois a partir da-li ele percebeu que teria que ser maior ainda do que sempre foi. Quando o México se pôs a sua frente, la pulga encarnou Diego.

Na hora derradeira a bola saiu dos pés de um Angel e encontrou Leo. Dai em diante Messi e Maradona já unidos ficaram iguais, 21 jogos e 8 gols, um chute certeiro para transformar o Lusail em Azteca, para desespero dos mexicanos.

A Copa

No entanto, a ressurreição Argentina na Copa veio contra a Polônia graças aos pibes de muñeco, Enzo e Alvarez mostraram a Lionel que ele não estava sozinho, a scaloneta voltou a ser uma força na Copa.

Ato 2 : De Provocações ao baile de Máscaras

As oitavas de final nos ensinou uma lição valiosa, jamais provoque um gênio. Aziz Behich cometeu esse erro, o australiano acordou Lionel que estava quieto e preso a uma boa marcação da seleção da Oceania.

Logo em seguida a bola encontra dentro da área a maior perna esquerda de todos os tempos. Messi faz seu primeiro gol em mata-mata e se torna o maior artilheiro em Copas pela Argentina. A partir desse momento começou o recital de Lionel, cada toque dado na bola era uma La bombonera pulsando e Argentina avançando.

Nas quartas, seu melhor jogo na Copa até então, um passe primoroso encontrou os pés de Molina, e sua cobrança de pênalti vencendo o gigante de 2,03 de altura. Mas, o sonho quase foi por água a baixo quando a laranja mecânica empata a partida numa tentativa de quebrar a scaloneta.

Decidida nas penalidades onde o Craque começa batendo e debaixo das traves Dibu Martinez voando e defendendo. A experiência de Van Gaal ainda não é suficiente para derrotar Leo, foi assim em 2014 e agora em 2022. Argentina classificada e quem provoca dessa vez é o jogador do PSG, “que mira bobo, estoy en la semis”.

Agora chega de provocações, o que aguardava a Croácia era o tango, em seu the last dance, Lionel mostrou que não necessita de velocidade para transformar o jogo num grande baile de máscaras. Enquanto o Croata vestia a sua, Messi exibiu seu verdadeiro rosto, um passo para a direita e um para a esquerda e Gvardiol já estava sozinho no meio do salão.

Era um espetáculo protagonizado pelo Diez, a Argentina até aqui dançou conforme a música de Lionel e esse foi o ritmo que a embalou. Gvardiol poderá dizer a seus filhos que ja bailou com Dios e ele se parecia com Messi.

Ato 3: A batalha pela eternidade

A final jogada em 120 minutos e decidida nos pênaltis nos deu a certeza de estar assistindo a dois titãs no jogo voraz. O jogo que muitos acreditavam ser a passagem de bastão daquele que dominou uma era para quem provavelmente já começou a dominar a sua.

Messi e Mbappe protagonizaram talvez a maior final da história das Copas. O craque francês aos 23 anos e já campeão do mundo buscava o seu segundo título, o que engrandeceria ainda mais o seu nome na história do futebol.

Entretanto, aos 35 anos, o argentino buscava o seu objeto mais desejado possivelmente em seu último ato em copas com a alviceleste. O gol na final deixava Messi com a histórica campanha de marcar em todos os jogos de mata-mata, além de se tornar o jogador que mais entrou em campo em partidas do torneio.

Porém, do outro lado um jovem francês queria roubar o mundo pra si de novo. Desta vez o roteiro parece ter sido escrito por Diego e com o toque da mão de Dios, veio a coroação de uma carreira lendária, para aquele que já tinha tudo, só agora esta completo.

Jogadores argentinos comemoram o tricampeonato no gramado / foto: divulgação

Messi jogou como alguém que seria incapaz de perder mesmo se a partida durasse dias. No dia que empatou em gols com Pelé, Messi foi campeão como Maradona, terminando nos braços de sua gente. si Dios existe de verdad es argentino y se llama Lionel Messi.

No futebol existe uma mesa e nela sentam Pelé, Maradona e Messi.

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