Um sábado chuvoso, longe dos estádios, mas bem perto do futebol

Um café na banca de jornal e uma prosa gostosa sobre futebol.

Caminhando pelas ruas de São Gonçalo – RJ, parei para tomar aquele café e bater uma prosa futebolística na banca de jornal com os trabalhadores e estudantes, estes a caminho da labuta diária. o papo bom maravilhas.

O fato de termos um Brasileirão onde o líder Palmeiras, com 48 pontos e chances de abrir 11 de vantagem para o segundo colocado na tabela, além de semifinalista da Libertadores pela terceira temporada seguida e grande favorito à conquista do seu tetracampeonato na competição; 

O jogo pragmático e retranqueiro de Felipão, em que, buscando superar o Flamengo na Arena da Baixada, abriu mão de propor o jogo e deu lugar apenas a uma forte e violenta marcação (pra não dizer anti-jogo); e o mesmo Flamengo, que supera na bola esse Athlético, vencendo por 1 a 0 e se classificando para as semifinais da Copa do Brasil.

Com um gol espetacular de bicicleta do Pedro (e aí, Tite?), merecedor de ir (e torço que vá) para a Copa do Catar, com seu desempenho espetacular nos últimos 20 jogos (15 vitórias, 1 empate, 4 derrotas, 42 gols marcados e 76.6% de aproveitamento), que enfrentará o Palmeiras na Allianz Arena, buscando reduzir a vantagem na pontuação e deixar o campeonato mais interessante para os rivais, sem falar sobre a semifinal da Libertadores, contra o Velez, que já dando o que falar; fez com que essa prosa rendesse.

Amigos vascaínos, tricolores e botafoguenses, não esquecemos de vocês. É claro que, momentos antes de cada um de nós nos despedirmos para o nosso trajeto diário, lembramos da excelente fase do Fluminense de Diniz, que inclusive acompanho, enquanto escrevo, golear o Coritiba por 5 a 2 no Maracanã.

O que tem de gente torcendo para um Fla-Flu na final da Copa do Brasil não cabe no texto, e eu torço por isso, pelo bem do futebol.

Teve voz também para um esperançoso, mas ainda triste, vascaíno, que comentou sobre a SAF, com o Grupo 777 Partners, e seu sonho de ver o Vascão sair do fundo do poço, após 2 anos na Série B, com um time mais competitivo, para que venha mais animado para um futuro encontro.

Antecipadamente, o parabenizei pelos seus 124 anos de história, que se completam na próxima terça feira, dia 21 se agosto, enquanto preparo uma boa entrevista com a Teresa Borba, filha do gigante e eterno Barbosa, para o Canal Bola Vivaque sairá nessa data, às 20h30.

O meu amigo alvinegro Gugu, que estava com a pompa toda, surfando na “onda John Textor”, já tinha um discurso mais comedido, esperando ver o que vai acontecer até o final da temporada. De qualquer forma, o risco de uma Série B ele não vai passar. 2022 será um alívio e o mesmo não vai precisar se esconder das nossas ricas e rápidas resenhas. 

Tudo ainda é muito incerto, assim como os nossos encontros. É bem provável que eu escreva para contar para vocês sobre as próximas resenhas que acontecerão e, como sempre, serão boas demais. A “mesa-redonda” das ruas é uma escola.

Thunai Melo, professor de História e Jornalista. Amante da literatura futebolística, de games retrô, é um bom nostálgico do mundo da bola e um operário da mídia independente. Escreve para o Jornal Dia e Noite da Bola, Canal Bola Viva e para o Jornal Daki.